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Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Gestão de tempo? Of course.

26.01.18, Eu e a Outra

Durante as últimas duas semanas andei a tratar de coisas menos urgentes no trabalho porque todos os meus assuntos urgentes estavam na mão de terceiros que não tiveram vontade de os acelerar.  

 

Hoje, finalmente, recebi feedback do maior assunto e estarei ocupadíssima nas próximas 3 semanas. 

 

Cheguei a casa à noite e o segundo maior assunto também desbloqueou e com ele veio uma lista de afazeres cruciais para a próxima semana. 

 

Aposto que segunda-feira mais dois ou três assuntos vão chamar por mim aos gritos, cheios de urgência porque as coisas são mesmo assim - ou tudo ou nada.

 

Oh meus anjinhos até posso ser o Deus da gestão de tempo, mas por favor, não há como. Haja paciência !!!! 

O estranho caso em que me revi num artigo da Visão

22.01.18, Eu e a Outra

Li um artigo da Visão, escrito pela Filipa Araújo, uma das colaboradoras da rubrica "Nós lá fora", que descreve muito bem alguns aspetos desta vida de emigrante. Identifiquei-me muito e digo-vos porquê. 

 

Começa assim: 

 

Os dias (de um emigrante) em Portugal não deviam ser considerados férias. (...)  É que, quem pensa que ir a Portugal é o mesmo que estar na praia a relaxar está, claramente, equivocado.

 

Isto pela simples razão de que tentamos condensar um ano de vida em duas semanas. E todos sabemos que a vida é complicada, tem (muitas) pessoas e atividades e emoções. Tem amigos e família. 

O turbilhão de sentimentos que uma visita a Portugal implica é suficiente para nos deixar exaustos. Exauridos de tantas emoções dentro de nós. 

 

Quando nos mudamos fisicamente para outro país, nós mudamos também. Nós, no nosso interior, na nossa forma de ver a vida. É certo que toda a gente muda, mas os emigrantes mudam mais e mais rápido, pelo menos nos primeiros anos fora. 

 

Como os antigos diziam “órados” da cabeça tal é a dimensão e velocidade das informações, das sensações, dos sabores, do querer-aproveitar-tudo-quanto-possível-porque-já-só-voltamos-para-o-ano-que-vem-mas-não-sabemos-o-que-aproveitar-porque-parece-que-nada-mudou-mas-afinal-talvez-tu-tenhas-mudado-e-já-não-pertences-ali-mas-queres-pertencer-e-no-fim-não-sabes-bem-de-onde-és. Ufa.

 

Outra coisa importante de notar é que o emigrante (correndo o risco hediondo da generalização) tem uma vontade enorme de resolver os problemas da família e amigos que deixou para trás. E eu acho que isso deriva de um (pequeno) sentimento de culpa por tê-los "abandonado" e porque agora consegue avaliar do lado de fora, ganhando um ponto de vista privilegiadíssimo sob os diversos labirintos que são as vidas dos nossos ente-queridos.

 

A exaustão piora quando as coisas não estão bem. Neste mundo real, acontecem coisas más. E nós, queremos ali, em horas, em escassos dias, resolver o que se vem a arrastar há meses. Queremos curar o irmão em sofrimento, decidir pela irmã. Queremos emendar o que está errado, apagar as zangas, alertar a amiga. No fundo, queremos ser heróis. Nunca o seremos. E voltamos assim, quase sem soluções. Portadores de um coração apertado e exausto.

 

Mas, no fundo, acabamos sempre assim... 

 

Exaustos de tão felizes. De tão gratos.

 

 

Não sou eu, és tu.

20.01.18, Eu e a Outra

Ora, Sexta-feira à noite, eu toda orgulhosa das minhas unhas (foquem-se no "7 Day Wear":

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E agora eu Sábado de manhã depois de fazer umas tarefas domésticas normais. 

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Será publicidade enganosa ou falta de jeito?

 

Antes da eletricidade como é que era?

14.01.18, Eu e a Outra

Ontem o edifício onde moro ficou sem eletricidade e sem água e, no meio de toda a exasperação de quem espera para retomar a sua vida, tomei consciência de que estou completamente dependente da corrente elétrica. 

Ora vejamos, sem eletricidade:

A bomba da água não funciona, logo não tenho água nas torneiras.
(E não, não tenho água de emergência guardada em casa num garrafão)

O fogão não funciona, logo não posso cozinhar o ferver água.
(esperem lá, também não tenho água, mesmo que o fogão fosse a gás)

O chuveiro não funciona porque é elétrico, logo não posso tomar banho.
(outra vez? Continuo sem ter água por isso nem posso descarregar o autoclismo, quanto mais lavar-me?)

O frigorífico e o congelador não funcionam, logo a comida começa a aquecer e os meus preciosos bolinhos de bacalhau correm sérios riscos de vida.
(e o polvo, e o camarão, e a amêijoa, e aquele strudel de maçã que estou a guardar para o dia dos namorados)

O aquecimento não funciona, logo o apartamento transforma-se num iglo em três tempos.
(mas não o suficiente para manter a minha comidinha congelada)

As tomadas ficam tão baby-friendly que nem consigo carregar o telemóvel, ou o computador, ou ligar a torradeira.

A Internet não funciona.
(já sei que é um problema menor, mas para quem está sozinha e sem bateria no telemóvel, seria a única opção para comunicar. Isso e sinais de fumo se não tivesse alarme de incêndio, claro.)

O portão do edifício e as portas dos blocos não fecham por motivos de segurança (ahahahhaha, engraçado não?).
(por isso estou à mercê de quem quiser entrar, com uma mera porta de madeira a segurar toda a minha vida)

Para terminar:

Tenho ZERO lanternas (mas tenho várias velas pequenas daquelas que dão zero luz e uma grande que até não está mal)
Tenho UMA garrafa de água de 0.5ml e 0.5ml de chá.
Tenho mantimentos para exatamente 3 dias (bem geridos).
Tenho ZERO powerbanks carregadas (apesar de ter pelo menos 4 descarregadas) e ZERO geradores de emergência.

Sumário:
Estou claramente preparada para o zombie apocalipse ou qualquer outra emergência que possa vir a acontecer (tornados, tempestades, tsunamis, tremores de terra, rebeliões).
Se não estivesse sozinha até era romântico, assim é só estúpido.

O poder da música

13.01.18, Eu e a Outra

Correndo o risco de ser um cliché, ontem voltei a tomar consciência do poder da música no nosso estado emocional. 

Eu vou e venho a pé do trabalho e ontem decidi colocar os phones e ouvir música no regresso. Os primeiros minutos da viagem foram acompanhados de uma música animada e nem dei pelo tempo passar, de forma que nem me lembro qual era. Depois, a meio do caminho passou para uma música do Pedro Abrunhosa (que eu adoro!) mais emocional, e que eu, ao fim de 20 segundos, mudei porque não me apetecia ouvir aquela onda. 

Depois dessa entrou uma música da Adele, e seguiu-se outra da Lana del Rey. De repente eu, que estava bem-disposta e tranquila (afinal, era sexta-feira) mudei completamente de humor. Foi como se uma nuvem de tristeza viesse pairar no meu coração. Tudo porque a música puxou esses sentimentos. É certo que estavam lá, mas estavam guardados e seguros longe da vista. 

 

Resultado: mudei para uma última música cheia de força até cheguar a casa, quando pousei os phones e deixei a nuvem ir à vida dela. 

 

Fora o mau astral! 

Métodos de auto-preservação ou como desligar do mundo

11.01.18, Eu e a Outra

Nos últimos anos tenho sentido um grau crescente de distanciamento emocional e agora que revejo o assunto vejo que é mesmo real e não está só na minha cabeça.

O que quero dizer com "distanciamento emocional" é muito simples: eu oiço os meus amigos e família, dou a minha opinião quando e como acho que devo, mas as questões não penetram no meu sistema emocional.

Ao ler-se, isto pode parecer comum, natural e óbvio, mas se pensarmos bem, quantas vezes nos deixamos afundar com os problemas dos outros, especialmente quando esses outros são os nosso mais queridos? E sim, dizer que os problemas dos meus não me afetam é egoísta e, acima de tudo, mentira.

Mas eu noto diferenças na forma como me sinto em relação a isso. É como se fizesse uma avaliação inconsciente do problema e decidisse que, já que não posso contribuir para a sua resolução, também não vale a pena ocupar o cérebro, o coração e todos os outros órgãos com isso.

 

Talvez seja a distância finalmente a fazer-se notar, talvez seja um mecanismo de auto-preservação para que consiga cumprir todos os meus objetivos, talvez esteja simplesmente a ficar "morta por dentro" (uma expressão comum entre doutorandos, que expressa a falta de sentimentos que nos assola com o tempo).
Sendo positiva, escolho dizer que, com o tempo, estou-me a tornar mais imune às coisas que não posso resolver.

 

Às vezes sinto-me a levitar por entre as quezílias dos outros, mas também das minhas.

 


Eu, que antes queria tudo para ontem e ruminava naquilo que não podia controlar, agora vem-me esta paz interior estranha que me diz clichés da vida como "faz o teu melhor e o resto virá a seu tempo".
Cada vez mais funciono com objetivos traçados numa folha mental que risco a bel-prazer. Cada vez mais oiço, olho, analiso e decido se vale o meu esforço.
Cada vez mais me conformo com o facto de que cada um tem o seu percurso e não podemos viver pelos outros, crescer pelos outros, fazer pelos outros.

 

Sei que corro o risco de ser vista (e de me tornar) demasiado insensível, demasiado objetiva, demasiado cínica. Mas estas alterações emocionais não são propositadas.
Não sou eu que conscientemente digo "vou ouvir, sorrir e desligar". Às vezes sinto-me em "piloto automático", mas é o meu corpo que entrou em modo de reserva, como o modo de "poupança de bateria" do telemóvel.
Será cansaço? Será maturidade? Será este o primeiro passo para me tornar ruim? Não sei.


Mas, afinal, qual é a alternativa?

Corroer-me por dentro porque as coisas más acontecem?
Largar tudo e atacar os problemas dos outros com a ideia utópica de que eu os posso resolver?
Chorar de noite por a minha vida não ser perfeita até ser vencida pelo cansaço?

Não me parecem melhores.

Para já, não vou fugir deste mecanismo esquisito que me traz calma e aceitação.

Vírus para imunoterapia no tratamento do cancro

08.01.18, Eu e a Outra

Sobre este artigo da Visão:

 

Tumores cerebrais tratados através da injeção de vírus nos pacientes

 

Apesar do erro de formatação/repetição de texto, é bom ler artigos jornalísticos de qualidade sobre os avanços da medicina. A visão surpreendeu com um texto direto, sem erros de extrapolação (ou seja, sem dizerem que vão curar o cancro e a fome e a estupidez com uma só injeção), e com links para as definições do jargão que não se pode evitar, de forma a tornar o texto acessível à maioria.

 

Que venham mais destes para levar a ciência à sociedade em palavras que todos possam entender. 

 

(artigo científico original aqui). 

Medindo expectativas.

06.01.18, Eu e a Outra

Tenho grandes expectativas para este ano de 2018.

 

Grandes projetos que vão-se finalmente encerrar, e outros (mais pequenos) vão certamente começar. Para já, tenho a certeza que os próximos seis meses vão ser ocupadíssimos e eu mal posso esperar. 

 

Acima de tudo, quero que 2018 seja melhor que 2017, mais feliz, com mais amor, mais aventuras, mais sol na minha pele, mais viagens, melhor trabalho, melhores projetos.

 

DSC_0405.jpg2018, estou-te a ver.

 

e este sol que não vem?

04.01.18, Eu e a Outra

Uma semana inteira de chuva, neste país solarengo que é Portugal. É puro azar, não?

Gostava muito de ver o sol antes de regressar para Inglaterra, mas parece que não me vão fazer a vontade, esses senhores da meteorologia, esses das costas largas a quem tudo se culpa, desde a seca do verão até ao vento dos incêndios e à chuva de Janeiro. 

 

 

 

Os sonhos de 2018 em viagens

01.01.18, Eu e a Outra

Para começar bem o ano, decidi fazer "A" pensar em seis lugares de sonho que gostaria de visitar em 2018. Daqui a um ano, espero ter retirado pelo menos um a esta lista maravilhosa. 

 

1. Zanzibar, Tanzânia

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 2. Myanmar

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Bagan, Myanmar (25)-XL.jpg 

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3. Montenegro

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4.  Angkor Wat (Cambodja) e Phu Quoc (Vietname)  

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 5. Cataratas do Iguaçu, Brasil

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6. Sri Lanka

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