Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Sim, sou feliz.

08.07.18, Eu e a Outra

No seguimento deste post do Triptofano, dei por mim a avaliar a minha definição de felicidade. E cheguei à conclusão que

 

sou feliz, mesmo quando não o estou. 

 

Não, não fiquei maluquinha. Simplesmente acho que ser é diferente de estar.

 

Eu sou feliz porque eu gosto completamente da minha vida. Sonho que algumas coisas sejam diferentes, mas não mudava nada porque sei que estou a ir para onde quero ir e tenho a melhor pessoa do mundo a meu lado para o fazer. Isso é tudo o que verdadeiramente importa. Estou bem resolvida.

 

No entanto não estou feliz todos os dias, nem todas as horas, nem sequer a maior parte dos dias nem a maior parte das horas. Tenho problemas como toda a gente, tenho preguiça, tristeza, desânimo, dores nas costas e nas pernas e nos rins. Sonho com as férias, com a praia, com um abraço apertado quando estou sozinha. Desespero pelo e-mail que demora a chegar e faço planos para o dia em que vou comer melhor, vestir melhor, andar melhor, parecer melhor. 

 

Ser feliz vem de dentro, é um misto de contentamento, aceitação e tranquilidade e pode durar para sempre. Mas querer estar feliz a todos os momentos pode ser meio caminho andado para uma vida de instaisfação e descontentamento. 

A história da gaivota que aprendeu a voar

06.07.18, Eu e a Outra

O telhado do edifício onde moro é colonizado por uma quantidade infinita de gaivotas, especialmente na primavera e verão quando elas fazem mais ninhos.

Há umas semanas apareceu aqui uma gaivota bebé em muita agonia. Deve ter caído do ninho ou ter sido atirada pelos irmãos. Não sabia voar e por isso ficou no pátio. Os vizinhos levaram-lhe uma manta para ela fazer ninho e eu levei-lhe alguma comida que ela não soube comer. Pensei que iria morrer, abandonada, mas a mãe não a deixou. Todos os dias a mãe vinha alimentá-la e ver se estava tudo bem.  Às vezes até ficavam em "conversa de gaivota", barulho p'ra frente, barulho p'ra trás, um olho na cria cá de baixo o outro nas crias lá de cima. 

Ao fim de uma semana, estava a chegar a casa e vi a bichinha a tentar um voo de meia dúzia de metros, as patas quase não saíam do chão. Mas a verdade é que no dia seguinte ela já não estava cá. Em poucos dias cresceu, aprendeu a voar e fez-se à vida, desafiando a seleção natural forçada que tinha sofrido uns dias antes. 

 

Hoje, estava a chegar a casa quando vi mãe e filha de volta no meu pátio, tranquilas, sem os gritinhos histéricos da semana anterior. A gaivota veio visitar o lugar onde se fez adulta.

Thriller: Live

03.07.18, Eu e a Outra

Na quinta-feira fomos ver um espetáculo ao teatro, em jeito de despedida antes de mais uma temporada away.

Escolhemos o Thriller: Live, que eu pensava que era um musical com história e tudo como o que fizeram há uns anos com as músicas das Spice Girls, mas não. Foi um concert revue onde a história era mesmo a história musical do Michael Jackson e onde eram apresentadas várias músicas dele a solo e com os The Jackson 5.

 

Em 2h30 só consegui pensar no quão incrível, maravilhoso, à frente do seu tempo, talentoso o Michael Jackson era. E depois fiquei a pensar como é que uma pessoa que aparentemente tem tudo e é tudo, se sente ao mesmo tempo tão incompreendido, deprimido e desencantado com ele próprio.

 

Mas 'bora para assuntos mais leves. Encontrei lá o sósia dele (ou então era mesmo ele como dizem as teorias da conspiração) que dançava de forma in-crí-vel.

 

Só foi uma pena ter sido no dia (e hora) do jogo da inglaterra porque a sala ficou meia vazia e não é nada normal. O teatro aqui está sempre bem recheado e este show só cá esteve 4 dias. 

Pág. 2/2