Confesso-me fã da série A Teoria do Big Bang. Apesar de ridicularizar os cientistas, é muito engraçada. (Não, a maioria dos cientistas não é socially-awkward, nem mal resolvido)
O facto de um dos atores ser neurocientista e o guião ser escrito em parceria com um físico ajuda a que as partes científicas sejam suficientemente plausíveis. O que me enervou um bocado este fim-de-semana foi ver um episódio em que o processo de escrita e publicação de um artigo tenha sido tão mal representado:
1. Em boa prática, não se começa um projeto sem se ter uma base sólida da literatura atual. Não é depois de todo o trabalho estar feito que vamos "procurar citações" e descobrir que o trabalho que fizemos nos últimos 12, 24, 36 meses foi em vão.
2. Os investigadores não escolhem o tipo de letra do artigo. Isto é standardizado pela revista científica para onde enviamos o trabalho.
3. Já ninguém vai à biblioteca procurar citações em revistas do século passado. Por incrível que pareça, a grande maioria já está em repositórios online. Só precisamos de um computador com acesso à Internet e das credenciais da universidade.