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Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Cinco Minutos de Ciência #3

26.07.17, Eu e a Outra

No seguimento desta notícia sobre uma criança que está praticamente curada do vírus da SIDA (HIV), trago-vos mais 5 minutos de ciência. 

Mas, antes de começar quero relembrar que:

A SIDA não afeta só os homossexuais e os toxicodependentes.

 

HIV.png

 

 

Voltando à noticia, a criança foi infetada à nascença (algo muito comum quando a mãe é seropositiva, infelizmente) e recebeu um grandioso cocktail de tratamento como parte de um estudo clínico. Este tratamento durou 40 semanas e, desde então, não voltou a receber qualquer medicamento. Contrariamente aos restantes participantes do estudo, a criança tem-se mantido sem sintomas e sem sinais de vírus no sangue, o que traz muitas esperanças e um grande MAS. 

 

Mas o quê? Encontraram a cura! 

 

Não necessariamente. Aliás, não provavelmente. 

 

Há pelo menos mais dois relatos de pessoas que se curaram de uma infeção de HIV depois de um tratamento experimental e nenhum desses tratamentos se verificou eficaz para a maioria.

Porquê?

Porque, para já, o tratamento do HIV baseia-se no controlo da doença e não na remissão completa.

E porquê, perguntam vocês de novo?

Porque o HIV é um vírus com elevada frequência de mutações, cujo DNA se integra no nosso próprio genoma e, como tal, passa super despercebido, podendo sobreviver anos a fio sossegadinho, sem se manifestar. Por isso, para além de ser difícil detetar as células em que o vírus se integrou, erradicá-las traz graves consequências de imunossupressão. (O que é irónico porque imunossupressao é a base da SIDA e inevitavelmente das doenças oportunistas que levam à morbidade e morte dos pacientes). 

 

Por isso apesar de serem excelentes notícias para este anjinho sul-africano, o trabalho tem de continuar a focar-se na PREVENÇÃO e no tratamento prolongado de forma a continuarmos a fazer progressos para um mundo livre de HIV.

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