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Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

Eu e a Outra

Coisas maravilhosas, coisas assustadoras, viagens exóticas, dia-a-dia monótono, bichinhos tropicais e muito amor. Ponham-se confortáveis que vamos começar.

E se viajar sozinho perder o encanto?

11.11.17, Eu e a Outra

Os acérrimos amantes de viagens (um dos estereótipos preferidos da nossa geração) vão ler este texto e dizer que viajar não depende da companhia e que é maravilhoso de qualquer maneira e que viajar sozinho abre horizontes. Mas, o que me acontece agora é que, por muito que adore cada viagem que faço e que agradeça todos os dias por poder fazê-las, a verdade é que acompanhada tem outro gosto.

 

A maior aventura de viajar sozinho é que só dependes de ti para o bem e para o mal. Quando se está acompanhado, a pressão é menor, eu não confirmo se tenho a carteira na mochila de 10 em 10 minutos porque somos dois a vigiar e porque temos duas carteiras em sítios diferentes. Sozinho, ninguém te vai salvar com uma segunda via do cartão de embarque, ou com um carregador de telemóvel, ou com um chá quando a comida do hotel te caiu mal.

 

Depois há outras coisas, como o facto de que quando se encontra a pessoa da nossa vida querermos que os melhores momentos sejam dos dois. Quem tem um companheiro e já viajou sozinho certamente já deu por si a pensar “ah, o Manel ia adorar esta comida”, ou então “a Maria ia delirar com esta praia”.

 

E também existe a questão da solidão. Estar preso 12h num avião é sempre melhor acompanhado. Tomar aquele pequeno-almoço espetacular do hotel a dois é bem melhor do que fazê-lo a olhar para o feed do Instagram. E podem-me dizer que posso sempre fazer “amigos”, meter conversa, falar com pessoas, mas só o facto de não ser “a minha pessoa” já tira metade do encanto.

 

Quando se tem a pessoa certa, já não se quer voltar atrás.

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