Os alarmes de incêndio são como o Pedro
Sabem aquela história do Pedro e do lobo, em que o Pedro tantas vezes mentiu a dizer que vinha um lobo, que quando ele veio mesmo ninguém acreditou?
Aqui em Inglaterra acho que os testes de incêndio tiveram o mesmo efeito na população. Passo a explicar.
Em qualquer edifício comercial e em muitos edifícios residenciais, todas as semanas o alarme de incêndio é testado, à mesma hora e a cada 6 meses é obrigatório fazer-se uma simulação de incêndio.
A isto juntam-se aqueles incidentes em que o alarme de incêndio toca só porque sim e os outros em que toca por uma boa razão, mas um bocadinho exagerado (do género, a panela pegou fogo mas tu apagaste logo e mesmo assim vais ficar sem tímpanos).
Tornou-se tão normal que muita gente (especialmente os mais velhos - shame on you!) já nem sequer se dignam a sair de casa (evacuar) quando o alarme toca. Ou então saem lenta, lentamente.
O resultado é que, um dia que haja um incêndio a sério, daqueles que matam pessoas e nos deixam desalojados, as pessoas vão continuar a tomar o seu pequeno-almoço sossegadas até ser tarde demais.
**Vejam a primeira parte desta história aqui.**