Quando o coração está longe ...
Já vos contei que sou uma quase expert em relações à distância?
Então eu explico. Quando comecei a namorar com o meu marido morávamos em países diferentes. E assim continuámos por 3 anos. Principalmente no início de uma relação, a proximidade é muito importante e nisso tivemos sorte porque eu passei os primeiros dois meses em Portugal. Depois disso, sobrevivemos com viagens de fim-de-semana a cada 6-8 semanas, o facto de eu ter três semanas no Natal e na Páscoa de tempo de estudo passado em Portugal, e de ter 2 meses de férias de verão (bons tempos!).
Quando ao fim desses três anos decidi ficar a trabalhar no Reino Unido e mudar para uma cidade que na altura só tinha voos para o Porto no verão, decidimos passar a morar juntos. Ele veio para cá comigo e arranjou um emprego que adorava, mas adivinhem lá: exigia viajar três meses do ano.
Não há problema, dissemos nós. É pouco tempo. Lá vivemos assim dois anos até que ele decidiu mudar para um emprego aqui perto de casa. Começou por ser durante o dia, mas depois sem aviso foi passando para a noite. Resultado: morávamos juntos, via-o todos os dias mas nunca passávamos dias inteiros juntos.
Em Dezembro do ano passado, ele teve uma proposta do trabalho anterior que ele tanto gostava e decidi aceitar. Agora são cerca de cinco meses (não seguidos) fora. Para o ano serão mais, provavelmente.
A isto juntam-se as minhas viagens de trabalho que duram de uma (peanuts!) a cinco semanas. Até agora, todas as viagens longas calharam na altura em que o homem está em casa. (Sorte, eu sei!)
E é isto. O melhor de tudo é que apesar de todas as dificuldades e os desejos de passarmos todos os dias juntos, gostamos demasiado do que fazemos para vivermos de qualquer outra forma.
Sete anos depois:
Namoro à distância - check
Casamento à distância - check
Será que o próximo passo será ter filhos à distância?